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Adelino Alves

Adelino Alves
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Data da primeira prisão

Nasceu em Sintra, em 17 de novembro de 1891, filho de Rosa Maria Duarte e de Francisco Alves.
Funcionário do Instituto de Orientação Profissional, com residência em Cacém de Baixo, desde 1933 que colaborava com Manuel Vieira Tomé, que conhecia há muito, num movimento grevista revolucionário de caráter político, precedido de uma greve geral, sempre adiado.
Esteve envolvido nos preparativos da greve de 18 de janeiro de 1934 e, talvez, por fazer a contabilidade do Sindicato Ferroviário, onde também integrava uma comissão de angariação de fundos para as famílias dos ferroviários afastados do serviço, coube-lhe preparar a sabotagem da via-férrea e provocar um descarrilamento entre as estações de Sabugo e do Cacém, o que não se concretizou, ficando, apenas, pelo corte dos fios telegráficos e telefónicos no Alto do Ulmeiro.
Preso em 16 de abril de 1934, tendo na sua posse cerca de 900 exemplares do jornal clandestino de cariz republicano “A Verdade”, ficou incomunicável.
Julgado pelo Supremo Tribunal Militar em 1 de setembro de 1934, foi condenado em dez anos de degredo e colocado à disposição do Governo, seguiu, em 23 de setembro, para a Fortaleza de S. João Batista e, em 23 de outubro de 1936, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal.
Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 16 de dezembro e regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946.