Natural da Ajuda, Lisboa, filho de Luís António Pinto e de Ernestina da Conceição, terá nascido em 1912.
Com a profissão de caldeireiro, foi preso em 06-09-1932, acusado de “propaganda comunista” e de fazer parte da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas.
Com a prisão de Bernard Freund em Janeiro de 1932, passara a integrar o Comité Regional de Lisboa enquanto representante do Comité de Zona N.º 4. Também foi nomeado, em reunião realizada na Costa da Caparica, para membro do Secretariado Político das Juventudes Comunistas, juntamente com Virgínio de Jesus Luís e outros (integravam o Secretariado Álvaro Duque da Fonseca, Carolina Loff da Fonseca, Francisco de Paula Oliveira e Silvino Leitão Fernandes).
Fez parte da Direção do Sindicato Único das Classes Metalúrgicas e do seu Grupo de Defesa Sindical. Esteve envolvido nos preparativos e celebração da 18.ª Jornada Internacional das Juventudes Comunistas que ocorreu em Alcântara com a realização de um comício-relâmpago, sendo o portador da bandeira comunista que foi hasteada nos fios telefónicos.
Preso na Cadeia do Aljube, dados os espancamentos, foi levado para o Hospital de São José em 19 de março de 1933, onde ficou internado. Em 24 de Março, regressou ao Aljube. Transferido para o Hospital de S. José no dia seguinte, “para tratamento”.
Julgado em Tribunal Militar Especial a 16-12-1933, quando estava internado. A pedido do Ministério Público foi abrangido pela amnistia de 05-12-1932, sendo ordenado que fosse posto em liberdade “imediatamente”, tendo o Tribunal comunicado à Direção dos Hospitais Civis que Júlio dos Santos Pinto deixava de estar sob prisão.
Faleceu no Hospital em 5 de Abril de 1934, com 22 anos de idade.
Júlio dos Santos Pinto
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Data da primeira prisão