Nasceu em Massangano (Kwanza-Norte, Angola) a 10-01-1903, filho de Pascoal Gomes de Carvalho e de Rufina Domingos Lourenço. Funcionário dos Serviços de Saúde (amanuense), foi preso em 1959 na vaga de prisões da PIDE que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como "Processo dos 50". Foi acusado de pertencer ao "Grupo ELA", grupo clandestino activo desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior. Em Março tentaram enviar para o Gana um "Relatório" sobre a situação da opressão colonial em Angola, cujo portador foi detido pela PIDE no aeroporto de Luanda, o que originou sucessivas prisões. Pascoal Gomes de Carvalho Júnior assinara o documento com o pseudónimo "Nzambe Kilumbo". Foi julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola (Processo nº 41/60) e sentenciado (20-12-1960) a 5 anos de prisão, com suspensão todos os direitos políticos por 15 anos e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos, prorrogáveis, aplicadas a partir 27-04-1965.
Chegou ao Campo do Tarrafal a 26-02-1962 e saiu, com liberdade condicional, a 27-04-1969.
Ver na Associação Tchiweka de Documentação (https://tchiweka.org):
Fotografia de Noé da Silva Saúde utilizada na brochura «Le Procès des Cinquante. La répression colonialiste en Angola», editada na Bélgica em 03-08-1960.