Nasceu em Arcos, concelho de Anadia (Cadastro Político), ou em Coimbra (RGP), em 20 de dezembro de 1897, filho de Rosa do Paraíso e de Joaquim Ferreira Galinha.
Referenciado como industrial e a residir em Arcos, foi preso pela primeira vez em 19 de novembro de 1927, “por suspeita de conspirar contra a situação”, e libertado em 2 de dezembro.
Serralheiro mecânico já a viver em Coimbra, militou, tal como o irmão Raul, no Partido Comunista, sendo o representante dos partidários da Comissão Inter-Sindical no Comité Sindicalista Revolucionário daquela cidade no âmbito da greve geral revolucionária de janeiro de 1934.
Preso em 17 de janeiro, em Coimbra, e enviado para Lisboa em 26 do mesmo mês, foi julgado pelo Tribunal Militar Especial em 9 de fevereiro de 1934: acusado do transporte de explosivos e de participar em reuniões relacionadas com a greve, foi condenado em 12 anos de degredo, com prisão, e vinte mil escudos de multa.
Por ter interposto recurso, o TME, em audiência de 10 de março, alterou a pena para 10 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, por considerar “que teve uma ação menos ativa nos acontecimentos do que os seus co-réus”.
Embarcou, em 8 de setembro de 1934, para Angra do Heroísmo, com destino à Fortaleza de São João Baptista, e dois anos depois, em 23 de Outubro de 1936, foi enviado para o Tarrafal.
Libertado em 3 de novembro de 1945, ficou a residir em Cabo Verde, a seu pedido, tendo regressado a Lisboa nos anos sessenta. Depois do 25 de Abril de 1974, terá aderido ao Partido Socialista. Octogenário e com problemas de saúde, sobrevivia, segundo Edmundo Pedro, em condições muito difíceis.