Natural de Silves, filho de Manuel Simão e de Inácia Correia.
Servente de pedreiro, foi preso em 02-03-1934, vindo do Comando da Polícia de Faro, acusado de se ter deslocado a Monchique para comprar dinamite para o fabrico de bombas "destinadas aos acontecimentos de 18-01-1934, a ser lançadas contra os soldados da GNR", acrescentando o Registo Geral de Presos da PVDE que "só não fez por cobardia, tendo-as no entanto escondido em sua casa, recebendo depois mais 19 bombas que escondeu também num câno de esgôto, por ocasião dos acontecimentos em questão".
Levado ao Tribunal Militar Especial, foi condenado, em 14-05-1934, em 10 anos de degredo com prisão numa das Colónias, multa de 20.000$00 e foi "entregue ao Govêrno".
Embarcou em 23-09-1934 para o Depósito de Presos de Angra do heroísmo, Açores, de onde regressa em 09-06-1943, nove anos depois, seguindo diretamente para o Depósito de Presos de Peniche.
Em 24-09-1944, foi transferido para a Cadeia do Aljube, onde foi de novo violentamente torturado, baixando à respetiva enfermaria entre 02-10-1944 e 17-08-1945, sendo "restituído à liberdade condicional" nesta data, 11 anos e meio após ter sido preso, falecendo no ano seguinte.