Terá nascido na Freguesia de Ventosa, concelho de Alenquer, ou em Lisboa, por volta de 1907, filho de Carolina Virtudes Ferreira e de Joaquim Ferreira.
Carpinteiro, foi preso cinco vezes durante a 1.ª República (1922, 1923, 1924, 1925), acusado de agitador, arremessar bombas e suspeita de estar envolvido no atentado a Carlos Reis.
Referenciado como agitador, com eventuais ligações à Legião Vermelha, e filiado nas Juventudes Comunistas, na sequência da prisão de 11 de maio de 1925, foi deportado para a Guiné em 29 do mesmo mês, embarcando no vapor “Carvalho Araújo”.
Participou no movimento revolucionário que eclodiu nessa colónia em Abril de 1931, em consonância com a Revolta da Madeira, e, derrotado a revolta, seguiu para Dakar onde, em 27 de maio, embarcou com destino a Las Palmas.
Terá regressado a Lisboa, onde trabalhava como empregado do comércio e foi preso em 12 de maio de 1933, acusado de estar envolvido em movimentações contra a Ditadura e ter na sua posse uma pistola obtida na Guiné.
Voltou a ser detido em 6 de outubro de 1933 e, devido aos antecedentes políticos, sendo considerado “elemento nocivo à ordem pública”, foi enviado, em 19 de novembro, para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo. Daí seguiu, em 23 de outubro de 1936, para o Tarrafal. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, foi libertado em 11 de novembro de 1945 e regressou a Lisboa, no paquete “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946.
Carlos Ferreira
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Data da primeira prisão