Natural de Santos-o-Velho, Lisboa, mecânico. Nasceu em 17 de fevereiro de 1893, filho de Maria Augusta da Silva e de João Rodrigues da Silva.
Preso em Vilar Formoso pela PVDE, "para averiguações", em 14 de março de 1940, foi enviado para a Cadeia do Julgado Municipal de Almeida. Em 16 de março foi transferido para a sede daquela polícia (Lisboa) e entregue na 1ª Esquadra. Depois, foi sucessivamente transferido para as cadeias do Aljube (02-04-1940) e do Forte de Caxias (24-04-1940).
Segundo o registo prisional, consta do seu processo que: «É um perigoso agitador e bombista. Teve sempre uma grande actividade revolucionária, motivo este pelo que foi deportado para as Colónias, por duas vezes, respectivamente para a Guiné e Cabo Verde, donde se evadiu. Auxiliou os marxista espanhóis, fixando-se em Barcelona, onde trabalhou na antiga fábrica Gerona, que esteve mobilizada pelos mesmos. Finda a guerra de Espanha foi internado no Campo de Concentração de Gurs, donde pediu o seu repatriamento às autoridades portuguesas. Deverá ser transferido para a Colónia Penal de Cabo Verde, por despacho do Exmo. Director, de 22-4-1940».
Embarcou para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, a 21 de junho de 1940. Foi libertado em 16 de novembro de 1945, por ter sido abrangido pela amnistia do decreto nº 35 041, ficando a aguardar embarque para Lisboa. Regressou no vapor Guiné, em 1 de fevereiro de 1946.