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Os que ficaram pelo caminho

Nesta página pode aceder aos nomes de quantos, já devidamente identificados, ficaram pelo caminho, mortos em manifestações e protestos, sob tortura, nas cadeias, nos campos de concentração e como resultado direto dos maus-tratos sofridos à mão das várias polícias do fascismo.

A todos quantos possuam elementos que possam ajudar a aprofundar estes dados, muito agradecemoa que nos informem.

João Guilherme Rego Arruda

Data da morte:

João Guilherme Rego Arruda é um dos muitos jovens que se concentravam junto à sede da polícia política exigindo a sua ocupação e rendição. Já depois da rendição de Marcelo Caetano no largo do Carmo, agentes da DGS abrirão indiscriminadamente fogo a partir das varandas e das janelas do edifício sobre a multidão na rua, causando dezenas de feridos e quatro mortos. Perto das 20h30 João Arruda foi mortalmente atingido na cabeça por uma das balas da polícia política, acabando por morrer no Hospital de São José às 00h30 de 26 de abril. 

João Lopes Diniz

Data da morte:

Com a profissão de canteiro, militante do Partido Comunista Português, foi condenado a dez anos de degredo com "prisão numa das Colónias à escolha do Govêrno". Percorreu as cadeias do Aljube, de Peniche e de S. João Batista, até ser enviado para o Tarrafal, onde faleceu em 12 de novembro de 1941, com 37 anos de idade.

João Luís Lopes Dinis

Data da morte:
1949

Carteiro, 45 anos.

João Marques

Data da morte:

Trabalhador, foi enviado à PVDE pelo Procurador da República da Comarca da Sertã, em 24 de março de 1939, recolhendo à 1.ª Esquadra e sendo restituído à liberdade em 25 de abril de 1939. Um ano depois, a 28-06-1941, foi preso pela PVDE, acusado de "afixação de panfletos subversivos", tendo recolhido à Cadeia do Aljube. Transferido para Caxias em 08-07-1941, foi mandado para a Casa de Saúde do Telhal, onde virá a morrer em 26-09-1942, com a idade de 43 anos.

João Martins Branco

Data da morte:

O estudante João Martins Branco, aluno do Instituto Comercial e Industrial do Porto, foi assassinado no dia 28 de abril de 1931 pelas forças da PSP que atacaram uma reunião de estudantes em greve.

Joaquim António Pereira

Data da morte:
1928

Servente de pedreiro, 32 anos, morre à fome e vítima de maus tratos em 1928, no presídio de Batugadé (Timor).

Joaquim Correia

Data da morte:
1946

Operário litógrafo, 30 anos, morre por espancamento.

Joaquim de Carvalho

Data da morte:
1934

Ferroviário preso na Greve Geral de 18 de janeiro de 1934. Morre logo após ter sido posto em liberdade.

Joaquim José da Silva

Data da morte:

Proprietário, natural de Faro, nasceu em 22-07-1876, filho de Justino José da Silva e de Isabel da Conceição.
Enviado à PVDE pelo Comando da PSP de Faro, deu entrada na "Directoria" a 31-08-1938, recolhendo à 1.ª Esquadra.
O Registo Geral de Presos conclui assim: "em 25-09-1938 faleceu ao ser conduzido da 1.ª Esquadra para o Hospital de S. José". Dois meses nas mãos da PVDE, morreu com 62 anos de idade.

Joaquim Lemos de Oliveira

Barbeiro, de Fafe, preso diversas vezes pela PIDE. Condenado pelo Tribunal Plenário do Porto, cumpre medidas de segurança. É mais uma vez preso para as habituais "averiguações por crimes contra a segurança do Estado", recolhendo às "prisões privativas" da PIDE do Porto onde vem a falecer a 14 de fevereiro de 1957, com 49 anos de idade.

Joaquim Lopes Martins

Data da morte:

Padeiro e militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas, é preso em 27 de junho de 1932, acusado ainda de ser "detentor de uma mala com material destinado ao fabrico de bombas".
Em consequência dos maus-tratos policiais e prisionais, acabou por ser transferido para o Hospital Curry Cabral em 28 de Novembro de 1932, onde virá a falecer em 2 de Julho de 1933, com 22 anos de idade.

Joaquim Luís Teixeira de Magalhães

Data da morte:

Tendo exercido as profissões de canalizador, marítimo e serralheiro, é sucessivamente preso - pelo menos 8 vezes - por alegada "emigração clandestina", presumindo-se evidentemente o tratamento inflingido pela polícia política - faleceu no Hospital Curry Cabral no dia 20 de fevereiro de 1945, com a idade de 25 anos.

Joaquim Marreiros

Data da morte:

Grumete de manobras do "Bartolomeu Dias", acusado de "insubordinação" (Revolta dos Marinheiros), foi entregue à PVDE pelas autoridades de Marinha e condenado pelo TME na pena de 4 anos de prisão maior celular seguidos de 8 anos de degredo. Em 18 de setembro de 1936, embarcou para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde irá falecer em 3 de novembro de 1948, com 38 anos.

Joaquim Montes

Data da morte:

Militante anarquista, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Acusado de bombista e de ter provocado a paralização do trabalho em Almada, foi condenado pelo TME a 14 anos de degredo nas colónias, estando preso dois anos na Fortaleza de S, João Batista, em Angra do Heroísmo e quase 7 anos no Tarrafal, onde morreu em 14 de fevereiro de 1943, com 31 anos de idade.

Jorge dos Santos

Data da morte:
1953

Marceneiro, 32 anos.

José Adelino dos Santos

Data da morte:

Trabalhador rural e militante do Partido Comunista Português, preso em 1945 e 1949, foi assassinado pelos tiros disparados pela PIDE e pela GNR, em 23-06-1958, contra a manifestação de mais de 200 trabalhadores frente à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, em protesto contra a fraude nas eleições presidenciais e reivindicando aumentos salariais.

José António Companheiro

Data da morte:
1945

Operário canteiro, de Borba, foi preso pela PVDE em 10-09-1941 e transferido para a Cadeia do Aljube e, em 1 de novembro, para Caxias, de onde sairá para a 1.ª Esquadra no dia 10 de janeiro de 1942, para ser condenado, nessa data, em TME na pena de 22 meses de prisão correcional. Em 25-05-1943, regressa ao Aljube, onde, no dia seguinte, baixa à enfermaria, recebendo alta a 07-06-1943, para ser "restituído à liberdade condicional". Morre em 1945, aos 24 anos, em consequência dos maus tratos sofridos na prisão.

José António Dias Coelho

Data da morte:

O escultor e dirigente clandestino do Partido Comunista Português José Dias Coelho foi assassinado por agentes da PIDE da brigada de José Gonçalves junto ao Largo do Calvário, em Lisboa - perseguiram-no, cercaram-no e dispararam dois tiros frente ao n.º 30 da rua da Creche (que hoje tem o seu nome): um tiro à queima-roupa, em pleno peito, deitou-o por terra e o outro foi disparado com ele já no chão. José Dias Coelho foi assassinado com 38 anos de idade.

José António Leitão Ribeiro Santos

Data da morte:

A 12 de outubro de 1972, realiza-se um “meeting contra a repressão” no ISCEF (atual ISEG), reunindo cerca de duas centenas de estudantes. Face ao aparecimento de um indivíduo desconhecido que não esclarece o que está ali a fazer, a direção da Associação e a Direção do Instituto acordam na vinda de elementos da DGS para identificação do desconhecido. A entrada dos elementos da DGS provoca indignação e alguns estudantes avançam contra eles. Um dos agentes, Gomes da Rocha, empunha a pistola e dispara contra Ribeiro Santos, atingindo-o nas costas. José Lamego, que tenta manietá-lo, é também atingido numa coxa. José António Ribeiro Santos é conduzido para o Hospital de Santa Maria, onde morre na Sala de Observações.
O seu funeral, dois dias depois, transforma-se numa imensa manifestação de protesto contra o fascismo e de resistência contra as forças policiais.
Quem o matou nunca foi sequer julgado. E o seu assassino, António Joaquim Gomes da Rocha, agente de 2.ª classe, foi um dos agentes da PIDE/DGS que, no dia 29-06-1975, fugiram da prisão de Alcoentre...

José António Patuleia

Data da morte:
1947

Assalariado rural, 40 anos, morre em 1947 vítima de tortura na cadeia do Aljube.

José Centeio ou José Marques Centeio

Data da morte:

Assalariado rural de Alpiarça, 20 anos, atropelado mortalmente por um carro da PIDE, que, a alta velocidade, numa estrada em Alpiarça, atingiu a bicicleta na qual José Centeio regressava a casa do trabalho, causando a sua morte.

José Dias da Costa Pereira

Data da morte:

No 1.º de maio de 1931, em Lisboa, a repressão exercida pela  PSP e pela GNR, provocou dezenas de feridos e, pelo menos, 4 mortos, entre os quais José Dias da Costa Pereira, com a idade de 30 anos, servente de pedreiro da Câmara Municipal de Lisboa.

José Duarte

Data da morte:
1938

Sapateiro, 60 anos, morre em 1938 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo.

José Francisco Garcia

Data da morte:

O trabalhador José Francisco Garcia foi remetido à PVDE em 23-08-1940 pela autoridade administrativa do concelho de Coruche. Em 9 de setembro a polícia política enviou-o para o Hospital Miguel Bombarda, onde faleceu 1 ano depois, a 1 de setembro de 1941, com 25 anos. Na ficha do Registo Geral de Presos da PVDE, aparece escrito, a lápis, "maluco"... tentando assim esconder os maus-tratos que a polícia política lhe infligiu.

José Garcia Marques Godinho

Data da morte: