Sob o título "O dia 1.º de Maio/Em Lisboa e no Porto produziram-se ontem tumultos e correrias", o Diário de Lisboa de 2 de maio de 1931 refere, designadamente:
Cerca das 16 horas, "começaram a juntar-se no Rossio muitas centenas de pessoas, que foram dispersadas por patrulhas da Guarda Republicana e por polícias armados que durante o dia asseguraram a liberdade de trabalho".
"Pouco depois, ouviu-se o estampido duma bomba nas imdiações do Rossio, tendo a força pública disparado tiros e tendo sido dadas algumas cargas para dispersar os populares. Seguiram-se mais dois estampidos, que lançaram o pânico entre a multidão (...)"
"Em consequência do que se passou, apareceram pouco depois metralhadoras da G.N.R., que se postaram em vários poontos, fazendo fogo para o ar, no intuito de dispersar os ajuntamentos."
Em resultado das intervenções da PSP e da GNR, registaram-se dezenas de feridos e, pelo menos, 4 mortos: Armando Gomes Silva, José Dias da Costa Pereira, Manuel Coelho e Luís Guerra Correia.
Armando Gomes Silva, de 23 anos de idade, era empregado da drogaria Ilídio Santos, Lda e foi morto "quando se encontrava ao balcão da drogaria onde era empregado", tendo a Direção da Associação de Classe dos Caixeiros de Lisboa deliberado "manifestar publicamente a sua repulsa pela cobarde agressão".