ALJUSTREL
Nas vésperas do 1.º de maio de 1962, as forças policiais do regime investiram contra algumas localidades em que temiam especialmente que pudessem verificar-se protestos e manifestações.
Foi, designadamente, o caso de Aljustrel, em que a PIDE e a GNR procederam a cerca de 15 prisões ao princípio da noite de 28 de abril.
Muitos populares dirigiram-se de imediato ao posto da GNR exigindo a libertação dos presos. Uma força da GNR dispersou a multidão, disparando sucessivas rajadas de metralhadora que provocaram duas vítimas mortais: os mineiros António Graciano Adângio, 27 anos, militante do PCP, e Francisco Madeira, de 45 anos. E dezenas de pessoas ficaram feridas.