Natural de Viana do Castelo, nasceu em 1887, filho de Manuel Fiúza e Margarida Augusta.
Exerceu a profissão de estucador e, militante libertário, foi editor, por alguns anos, de A Voz dos Famintos, quinzenário anarquista que exerceu importante influência doutrinária na região minhota.
Mais tarde terá aderido ao Partido Comunista Português. Com a imposição da Ditadura Militar em 28 de maio de 1926, Manuel Fiúza Júnior passou a atuar na clandestinidade. Foi preso a 18 de março de 1949 em Viana do Castelo, depositado na subdiretoria do Porto e restituído à liberdade em julho seguinte.
Em abril de 1950 foi julgado no Tribunal Plenário Criminal do Porto que o absolveu, decisão confirmada em recurso para o Supremo Tribunal de Justiça.
Em 1957, Manuel Fiúza Júnior é detido pela PSP, novamente em Viana do Castelo, dando entrada na delegação do Porto da PIDE para averiguações por “crimes contra a segurança do Estado” - participara na distribuição de manifestos de denúncia da morte, semanas antes, de Joaquim Lemos de Oliveira, também nas instalações da delegação da PIDE do Porto.
No dia 2 de março de 1957, perto dos 70 anos, Manuel Fiúza Júnior morreu na Delegação da PIDE do Porto, na rua do Heroísmo, após violentas torturas e vários dias de “estátua”. A autópsia terá sido realizada secretamente e os seus resultados ocultados.
As mortes de Manuel Fiúza Júnior e de Joaquim Lemos de Oliveira suscitarão diversos protestos e campanhas para um inquérito às condições dos interrogatórios e às causas da morte dos dois homens.
Biografia realizada a partir dos dados do Museu do Alube - Resistência e Liberdade