Natural de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, filho de Manoel Coelho Lourenço da Costa e de Mariana da Silva, nasceu em 19-07-1883.
Fotógrafo desenhador, fundou em 1904 a Photografia Lourenço, em Angra do Heroísmo. Republicano convicto, fez parte da vereação camarária logo a seguir à Implantação da República, esteve ligado à Esquerda Democrática e combateu a Ditadura Militar e o regime salazarista. O "fotógrafo Lourenço", como era conhecido, foi também, em 1927, o realizador do primeiro filme açoriano, intitulado "Documentário Terceirense".
Em 1937, foi preso à ordem do Tribunal Militar Especial pela Polícia Cívica de Angra do Heroísmo, aparentemente acusado de ter realizado "montagens fotográficas pouco convenientes". Julgado em 31 de maio de 1937 pelo Tibunal Militar Especial (em "processo organizado pela Polícia Cívica de Angra", como sublinha a PVDE) foi condenado na pena de 18 meses de prisão correccional e suspensão de direitos políticos por 5 anos.
Deu entrada no Depósito de Presos de Angra do Heroísmo em 29-06-1937. Requereu o indulto, sendo o requerimento enviado ao Ministério do Interior em 20 de outubro de 1937. Mais de 4 anos após a sua prisão, faleceu no Depósito de Presos em Angra do Heroísmo em 27 de novembro de 1941, com a idade de 48 anos.
António Luís Lourenço da Costa
7023
Data aproximada da primeira prisão
1937