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Resistência

1908
Este hino do movimento operário italiano, também designado Avanti Popolo, foi escrito por Carlo Tuzzi em 1908 e musicado a partir de canções tradicionais da região da Lombardia. Com cadência militar, foi frequentemente utilizado pelo movimento socialista e pelo movimento comunista, designadamente durante as lutas contra a ascensão fascista em Itália e daí o refrão apresentar duas variantes:  "Evviva il socialismo e la libertà" e "Evviva il comunismo e la libertà". A sua divulgação em Portugal não excederia, quase sempre, as duas primeiras estrofes.
Este "Fado Anarquista", sobre música do fado corrido, de autor popular, é interpretado por João Salustiano Monteiro (que adotou o nome artístico de João Black). Tipógrafo e sindicalista ativo, teve participação significativa no movimento libertário, participando em alguns dos seus principais congressos. Escreveu o hino revolucionário "A Batalha" que o Maestro Del Negro musicou (ver em anexo imagens da respetiva edição, conforme publicado pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo):  
O Fado Operário, cantado por Luciana Costa, foi gravado em Pias, Serpa, Beja, a 22 de Abril de 2019. A letra refere-se essencialmente aos operários agrícolas. Fado sobre música do fado sevilha, da autoria de Jaime Tiago dos Santos (Pai). (Realização: Tiago Pereira; Som: Cristina Enes Garcia; Produção: Casa do Cante)  
1938
Si me quieres escribir, também conhecida como El frente de Gandesa, é uma das canções da Guerra Civil Espanhola mais famosas, tendo sido composta durante a Batalha do Ebro, em 1938. Em Portugal, sobretudo em meios estudantis, era conhecida através de alguns discos que a tinham recuperado. Interpretação de Rolando Alarcón.
A canção No Passarán exprime de modo direto a palavra de ordem da defesa republicana de Madrid contra as tropas de Franco e os seus mouros. Esta e outros canções da Guerra Civil Espanhola tiveram, naturalmente, grande impacto em Portugal, apesar da dura repressão que aqui acompanhou toda essa época. Interpretação de Rolando Alárcon    
Apesar da derrota sofrida na Revolução de 1927, a «Liga de Defesa da República», sediada em Paris, e o «Bloco das Esquerdas» conseguem assumir, em 1928, um novo combate militar contra a ditadura, a designada "Revolta do Castelo".(Textos de Luís Farinha). Siga os vários artigos em "Destaques".
O primeiro grande afrontamento entre a resistência republicana e a Ditadura Militar (e o único que verdadeiramente fez tremer a situação), ocorreu no Porto, de 3 a 7 de fevereiro de 1927 – a “Semana Sangrenta” e em Lisboa, de 7 a 9 de fevereiro. (Textos de Luís Farinha) - Ver "Destaques" Siga os vários artigos em "Destaques"
A derrota do republicanismo radical e a abdicação dos “democráticos”, dos nacionalistas e dos liberais – bem como a desistência de ação política dos socialistas -, abriu o caminho aos situacionistas e às correntes mais conservadoras e fascizantes da Ditadura Militar. O que fora uma promessa de “ditadura temporária regeneradora” começava, a pouco e pouco, a configurar a “Ditadura Nacional”.
“A Revolução do Remorso” - assim designou Sarmento Pimental, um dos líderes do Porto – a revolta que saiu à rua em Lisboa no dia 7, quando já se haviam rendido os revolucionários da “Invicta”. E o resultado era evidente: os implicados foram presos e deportados aos milhares e demitidos dos seus cargos públicos ou atirados para o exílio, alguns por muitos anos.
Julho 1927
A linha programática da Liga de Defesa da República, herdeira do capital revolucionário de “Fevereiro de 1927”, passava pela restauração da República Democrática, com acentuadas correções a introduzir por um governo provisório de carácter revolucionário, impedindo a todo o custo o "regressismo" à situação anterior ao “28 de Maio”.