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Revoltas contra a Ditadura Militar

Após o golpe militar do 28 de maio de 1926 e a implantação da Ditadura Militar, sucedem-se movimentos e revoltas de resistência.

O primeiro grande afrontamento entre a resistência republicana e a Ditadura Militar (e o único que verdadeiramente fez tremer a situação), ocorreu no Porto, de 3 a 7 de fevereiro de 1927 – a “Semana Sangrenta” e em Lisboa, de 7 a 9 de fevereiro. (Textos de Luís Farinha) - Ver "Destaques" Siga os vários artigos em "Destaques"
Apesar da derrota sofrida na Revolução de 1927, a «Liga de Defesa da República», sediada em Paris, e o «Bloco das Esquerdas» conseguem assumir, em 1928, um novo combate militar contra a ditadura, a designada "Revolta do Castelo".(Textos de Luís Farinha). Siga os vários artigos em "Destaques".
A derrota do republicanismo radical e a abdicação dos “democráticos”, dos nacionalistas e dos liberais – bem como a desistência de ação política dos socialistas -, abriu o caminho aos situacionistas e às correntes mais conservadoras e fascizantes da Ditadura Militar. O que fora uma promessa de “ditadura temporária regeneradora” começava, a pouco e pouco, a configurar a “Ditadura Nacional”.
“A Revolução do Remorso” - assim designou Sarmento Pimental, um dos líderes do Porto – a revolta que saiu à rua em Lisboa no dia 7, quando já se haviam rendido os revolucionários da “Invicta”. E o resultado era evidente: os implicados foram presos e deportados aos milhares e demitidos dos seus cargos públicos ou atirados para o exílio, alguns por muitos anos.
Julho 1927
A linha programática da Liga de Defesa da República, herdeira do capital revolucionário de “Fevereiro de 1927”, passava pela restauração da República Democrática, com acentuadas correções a introduzir por um governo provisório de carácter revolucionário, impedindo a todo o custo o "regressismo" à situação anterior ao “28 de Maio”.
A derrota militar dos revolucionários permitiu aos chefes militares – Carmona, o Presidente do Governo e Passos e Sousa seu ministro da Guerra – proceder a uma “limpeza” de todos os resquícios revolucionários e ensaiar mesmo uma tentativa de aliciamento do republicanismo moderado. 
Um ano e poucos meses depois da “Revolução de 3 de Fevereiro de 1927”, a organização das oposições anti-ditatoriais era frágil, tanto no plano civil como no campo militar. A disposição para fazer sair a Revolução coube no exterior à “Liga de Paris” e no interior a um Comité Revolucionário. Mas os seus principais dirigentes e o Comité Revolucionário seriam presos em maio pelas polícias da ditadura.
Fevereiro de 1927
Os acontecimentos da Revolta de 3 de Fevereiro no Porto e de 7 de fevereiro em Lisboa causaram cerca de 200 mortos e quase um milhar de feridos. Aceda a imagens das destruições provocadas pelos combates que ocorreram em Lisboa, sendo importante assinalar que foi utilizada artilharia pesada, artilharia da Marinha e ainda bombardeamentos aéreos. 
Para combater a descoordenação da “Revolta de 3 de Fevereiro de 1927”, o movimento revolucionário de 1928 tinha estabelecido ramificações a nível nacional – que, no entanto, não chegaram a contribuir decisivamente para o movimento revolucionário. As tropas governamentais conseguiram aniquilar rapidamente as intenções dos revoltosos.
Fevereiro de 1927
Apontamentos cronológicos com referência ao jornal "Diário de Lisboa" de 14 de fevereiro de 1927