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Os que ficaram pelo caminho

Nesta página pode aceder aos nomes de quantos, já devidamente identificados, ficaram pelo caminho, mortos em manifestações e protestos, sob tortura, nas cadeias, nos campos de concentração e como resultado direto dos maus-tratos sofridos à mão das várias polícias do fascismo.

A todos quantos possuam elementos que possam ajudar a aprofundar estes dados, muito agradecemoa que nos informem.

Carlos Alberto Rodrigues Pato

Data da morte:

Na sequência de violentas torturas a que foi submetido, Carlos Pato, de 29 anos, morre a 26 de junho de 1950 na prisão de Caxias em grande sofrimento por problemas cardíacos e respiratórios e recusa de assistência médica pela PIDE.
Apesar dos esforços da polícia para ocultar este assassinato, o funeral de Carlos Pato decorreu em Vila Franca de Xira com grande participação popular.

Carlos Eugénio Ferreira ou Carlos Eugénio Tavares

Data da morte:

Jornaleiro em Ponta Delgada foi preso pela PSP e entregue à PVDE. Quatro meses depois, foi transferido para o Depósito de Presos de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira. E, em 3 de maio, baixou ao "hospício de alienados". Em consequência dos maus tratos sofridos, faleceu na Casa de Saúde de S. Rafael no dia 31 de julho de 1937, nove meses após a sua detenção.

Carlos Norberto de Oliveira

Data da morte:
1933

Morre em consequência da tortura.

Casimiro Júlio Ferreira

Data da morte:

Funileiro, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sendo deportado para os Açores e, mais tarde para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde vem a falecer em 23 de setembro de 1941, com a idade de 32 anos.

Chipóia Magita

Data da morte:

Natural do Luso, Moxico, de etnia Quioca (Tshokwe), foi preso na companhia de um sobrinho. Acusado de ligações à UNITA, foi condenado pelo Tribunal Militar a uma pena de prisão de 3,5 anos. Enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal/Chão Bom, deu ali entrada a 8 de agosto de 1969, com 54 anos de idade. Morreu a 13 de maio de 1970. Levado para o Hospital da Praia, em Cabo Verde, foi ali sepultado, em vala comum. 

Cutubo Cassamá

Data da morte:

Cotubo Cassamá chegou ao Tarrafal a 4 de setembro de 1962. Amontoado com outros presos numa sala de tamanho insuficiente, sem recreio, sem possibilidade de tomar banho, morreu escassos escassos dois meses depois da chegada ao campo, a 12 de novembro de 1962, com 54 anos de idade, de alegada "pneumopatia aguda" 

Damásio Martins Pereira

Data da morte:

Servente. Da sua ficha prisional, não consta a deportação anterior para Timor, que teria sido provocada por ter fome e pedir pão. 
Em 5 de junho de 1937, embarcou para o Tarrafal, em Cabo Verde, onde contraíu paludismo e biliosa. Sem assistência médica nem medicamentosa, só baixou à enfermaria nos últimos três dias de vida, onde permaneceu até falecer no dia 11 de novembro de 1942, aos 37 anos de idade.

Daniel Joaquim Campos de Sousa Teixeira

Data da morte:

Estudante e militante da LUAR-Liga de Unidade e Acção Revolucionária, Daniel Joaquim de Sousa Teixeira é preso a 21-08-1968 e, na cadeia de Caxias sofre, na noite de 23 para 24 de outubro, um forte ataque de asma, a que não é prestada assistência. Em 24 de outubro de 1968, baixou ao Hospital de S.José onde faleceu na mesma data, tinha 22 anos de idade.

David Almeida Reis

Data da morte:

O trabalhador David Almeida Reis foi assassinado por agentes da PIDE frente ao então café Palladium, junto ao elevador da Glória, no decurso da manifestação do 1.º de maio de 1964, em Lisboa.

Edmundo Gonçalves

Data da morte:

Preso pela PVDE em 09-05-1935 e,de novo, a 06-12-1936, será demitido e condenado em Tribunal Militar Especial, a 23-04-1937, na pena de 4 anos de desterro. No dia 5 de junho de 1937, é enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde virá a falecer no dia 13 de junho de 1944, com 44 anos de idade.

Eduardo Artur Santana Valentim (Juca Valentim)

Data da morte:
1977

Militante do MPLA, preso em 1969, foi deportado para o Tarrafal (então chamado "Chão Bom") e, mais tarde,  para “Campo de Recuperação” de S. Nicolau, em Moçâmedes, e ainda para a "reserva agrícola" de São Nicolau II (na Província do Namibe), com passagem por Caxias e uma cadeia de Setúbal. Após a libertação, foi designado diretor do Departamento de Informação e Propaganda do MPLA, participando ativamente na organização do movimento. Com a independência de Angola cessa a sua atividade como funcionário do MPLA e regressa à Aeronáutica Civil, onde já trabalhara. Acusado de pertencer ao grupo dito “dos fraccionistas” (27 de maio de 1977), morre às mãos da DISA, a polícia política angolana.
 

Eduardo Chivambo Mondlane

Data da morte:

Eduardo Mondlane foi assassinado a 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-es-Salam, ao abrir uma encomenda que continha uma bomba, que terá sido preparada pela PIDE e levada à fronteira da Tanzânia por Casimiro Monteiro, o ex-polícia goês que foi um dos assassinos de Humberto Delgado e Arajarir de Campos.

Emídio Bandeira

Data da morte:

Comerciante, foi preso pela PVDE em 09-12-1936, "para averiguações, recolhendo a uma esquadra incomunicável". Vítima da violência policial, baixou ao Hospital de S. José no dia seguinte, falecendo a 13 de dezembro de 1936, com 56 anos de idade.

Ernesto Faustino

Data da morte:
1937

Operário

Ernesto José Ribeiro

Data da morte:

Servente de pedreiro e militante comunista, participa nos preparativos da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sendo preso a 29 de janeiro. Deportado para a Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, nos Açores, integrou a primeira leva de presos políticos que foi enviada para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu a 8 de dezembro de 1941, aos 30 anos de idade.

Estêvão José Dangues Giro

Data da morte:

O jovem tipógrafo de Alcochete Estêvão José Dangues Giro é baleado e morto por uma rajada de metralhadora disparada pela "companhia móvel" da PSP durante a manifestação do 1.º de maio de 1962 em Lisboa.

Felisberto Fernandes Berto

Data da morte:

Operário têxtil, com 28 anos de idade. Preso na sequência das greves de 1941 das fábricas de lanifícios da Covilhã, sofre a violência policial e a tortura, tendo baixado ao Hospital de S. José e vindo a falecer no Hospital do Desterro no dia 20 de dezembro de 1941, alegadamente com uma úlcera.

Fernando Alcobia

Data da morte:

Vendedor de jornais e militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e do PCP, foi violentamente torturado pela polícia política e enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde onde, em grande sofrimento e sem assistência, morreu a 19 de dezembro de 1939, com 24 anos de idade.

Fernando Carvalho Giesteira

Data da morte:

Tnha 17 anos, viera de Vreia de Jales para Lisboa, trabalhando à noite como criado de mesa na Cova da Onça e vivia numa pensão junto ao Areeiro. Participou na manifestação que exigiu a rendição da PIDE/DGS na António Maria Cardoso, caindo assassinado pelos tiros da polícia política.

Fernando Luís Barreiros dos Reis

Data da morte:

Fernando Luís Barreiros dos Reis participou na manifestação que exigiu a rendiçaõ da PIDE/DGS em 25 de abril de 1974. Os pides, entricheirados na sede, que os militares revoltosos não consideraram um objetivo, dispararam furiosamente a partir das varandas e das janelas do edifício sobre a multidão na rua, causando quatro mortos e dezenas de feridos. Cerca das 20h30, Fernando Reis foi atingido mortalmente pelas balas assassinas da PIDE/DGS.

Fernando Mata

Data da morte:

O trabalhador Fernando Mata é preso em 20 de agosto de 1937 "para averiguações, recolhendo a uma esquadra incomunicável". Condenado pelo Tribunal Militar Especial, em 16 de janeiro de 1938, na pena de 10 anos de degredo, irá percorer as cadeias de Caxias, Peniche, Angra do Heroísmo e a Penitenciária até falecer a 30 de julho de 1950, no Hospital de S. José, com a idade de 65 anos.

Fernando Matias Rodrigues

Data da morte:
1934

Funcionário público, 40 anos, morre na Penitenciária de Lisboa em 1934.

Fernando Óscar Gaspar

Data da morte:
1943

Salsicheiro, 26 anos, morre em 1943 vítima de doença contraída durante a deportação nos Açores.

Francisca Colaço

Data da morte:
1967

Trabalhadora agrícola, 29 anos, morre em 1967 assassinada por agentes da PIDE numa casa clandestina

Francisco Brito

Data da morte:
1964

Acusado de deserção, é assassinado pela GNR em Loulé.