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Aurélio Monteiro dos Santos

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Data da primeira prisão

Aurélio Santos nasceu em Vilar de Torpim, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, em 1930, filho de José dos Santos e de Maria Amélia Monteiro dos Santos. Desde muito jovem participou na luta antifascista. De 1950 a 1953 foi dirigente associativo estudantil e de 1951 a 1957 dirigente do MUD Juvenil. Como estudante da Faculdade de Medicina de Lisboa, cujo curso frequentou até ao 4º ano, participou ativamente no movimento estudantil e integrou a direção da revista Medicina (1952/1953).
Foi preso em 1953, na sequência da sua militância no Movimento de Unidade Democrática Juvenil. Por ocasião da realização do 3.º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, realizado na Roménia (1953), o MUD Juvenil organizou a ida de uma delegação a Bucareste e Aurélio Santos integrou-a, chefiando-a. (Representou também o MUD Juvenil no Congresso da União Internacional dos Estudantes – UIE). O Festival foi em agosto e, no regresso, ainda prosseguiu estudos e atividades associativas, mas em 03-12-1953 foi preso, na sequência das informações de um agente da PIDE infiltrado no Festival, levado para o Aljube e depois para Caxias, em 07-12-1953. Castigado com 10 dias de prisão em cela disciplinar, foi transferido de novo para o Aljube em 26-01-1954, regressando a Caxias em 05-02-1954.
Durante essa permanência em Caxias, participa com os seus companheiros de cela na criação do Hino de Caxias.
Em 04 de agosto desse ano é transferido para as “prisões privativas da Subdirectoria do Porto”, onde será punido com a pena de 30 dias de prisão em cela disciplinar, “demonstrando claramente espírito de rebeldia e desobediência”.
Em 07-11-1954, é de novo transferido para o Depósito de Presos de Caxias, vindo a ser condenado no Tribunal Plenário de Lisboa, em 25-01-1955, na pena de 4 meses de prisão correccional e em igual tempo de multa a 20$oo por dia – considerando o dito tribunal “uma e outra expiada com a prisão sofrida”, aplicando ainda uma pena de suspensão de todos os direitos políticos por 8 anos e uma “medida de segurança de liberdade vigiada” pelo prazo de 4 anos, além de mil escudos de imposto mas é restituído à liberdade nesse mesmo dia 25 de janeiro.
Nesse ano aderiu formalmente ao PCP, passando à clandestinidade em 1957. 
De 1963 a 1974 dirigiu a Rádio Portugal Livre, que emitia em onda curta a partir de Bucareste, na Roménia.
Entretanto, em 1965, no VI Congresso do PCP, realizado em Kiev, Aurélio Santos passou a integrar o respetivo Comité Central.
Regressou do exílio em 15 de maio de 1974, vindo da Roménia.